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Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio da empresa, com direito a participar de seus lucros e, em alguns casos, das decisões empresariais. No Brasil, as ações são classificadas principalmente em dois tipos: ações preferenciais e ordinárias, cada uma com características distintas.
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A distinção entre ações preferenciais e ordinárias está nos direitos e vantagens ao adquirir esses ativos. Ambos os tipos são negociados na Bolsa de Valores e oferecem diferentes benefícios, que podem influenciar a estratégia de investimento.
O que são ações ordinárias?
As ações ordinárias, conhecidas pela sigla ON, conferem ao seu titular o direito de voto nas assembleias da empresa. Esse direito permite que o acionista participe das decisões importantes, como a eleição de membros do conselho de administração e aprovações de fusões ou aquisições.
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Além do direito a voto, as ações ordinárias garantem ao investidor o direito de participar dos lucros da empresa na forma de dividendos. Entretanto, o pagamento de dividendos aos acionistas ordinários não tem prioridade sobre os dividendos das ações preferenciais.
As ações ordinárias possuem prioridade no recebimento dos valores de venda da empresa em caso de liquidação, mas ainda assim, estão atrás dos credores e acionistas dos papéis preferenciais. Isso implica que, em situações de falência, o acionista ordinário corre um risco maior de não receber integralmente o valor investido.
Outro ponto importante é a proteção conferida aos acionistas ordinários no caso de mudanças no controle da empresa. A legislação brasileira garante a esses acionistas o direito de tag along, que possibilita vender suas ações pelo mesmo preço pago ao controlador em caso de mudança de controle.
As ações ordinárias são indicadas para investidores que desejam influenciar nas decisões corporativas e possuem um perfil que tolera riscos maiores em troca de um potencial de valorização maior ao longo do tempo.
O que são ações preferenciais?
As ações preferenciais, identificadas pela sigla PN, diferem das ações ordinárias principalmente pela ausência de direito a voto nas assembleias. Em contrapartida, os detentores de ações preferenciais têm prioridade na distribuição de dividendos.
Os dividendos das ações preferenciais costumam ser maiores ou pagos com mais frequência em comparação às ações ordinárias. Além disso, em caso de liquidação da empresa, os acionistas preferenciais têm prioridade sobre os ordinários no recebimento de valores, ficando atrás apenas dos credores.
As ações preferenciais são amplamente utilizadas por empresas para levantar capital sem diluir o controle dos acionistas majoritários. Isso porque as ações preferenciais, em geral, não conferem direitos de voto, permitindo que os controladores mantenham o poder de decisão mesmo ao captar recursos.
Para investidores que buscam um fluxo de caixa mais estável e se preocupam menos com a participação direta nas decisões da empresa, as ações preferenciais podem ser uma excelente escolha, alinhando segurança e rentabilidade.
Diferenças entre ações preferenciais e ordinárias
Em resumo, as principais diferenças entre ações preferenciais e ordinárias estão descritas a seguir, conforme aspectos diversos:
- Direito de voto: ações ordinárias têm direito de voto; ações PN, em geral, não possuem esse direito.
- Prioridade nos dividendos: ações preferenciais têm prioridade no recebimento de dividendos.
- Rendimento dos dividendos: ações preferenciais tendem a pagar dividendos maiores ou mais frequentes.
- Liquidação da empresa: acionistas preferenciais recebem antes dos ordinários em caso de liquidação.
- Tag along: acionistas ordinários têm direito ao tag along; preferenciais geralmente não.
- Controle da empresa: ações ordinárias permitem influência nas decisões corporativas; as ações PN não.
- Risco: ações ordinárias têm risco maior em termos de distribuição de ativos na falência.
- Atratividade para investidores: ações preferenciais são mais atraentes para quem busca renda estável; ordinárias para quem deseja participar da gestão.
- Participação em assembleias: ações ordinárias permitem participação ativa; preferenciais, não.
- Uso pela empresa: preferenciais ajudam a captar capital sem diluir o controle dos acionistas principais.
Ações preferenciais e ordinárias: qual você prefere?
As ações preferenciais e ordinárias desempenham papéis distintos no mercado de capitais brasileiro, cada uma atendendo a diferentes perfis de investidores. A escolha entre esses dois tipos de ações deve considerar fatores como direito a voto, prioridade na distribuição de dividendos e tolerância a riscos.
Compreender as particularidades de cada tipo é importante para tomar decisões de investimento alinhadas aos objetivos financeiros. Ao investir em ações preferenciais e ordinárias, o investidor deve avaliar o que mais valoriza: participação nas decisões da empresa ou segurança e consistência nos retornos financeiros.